Animação
Animação refere-se ao processo segundo o qual cada fotograma de um filme é produzido individualmente, podendo ser gerado quer por computação gráfica quer fotografando uma imagem desenhada quer repetidamente fazendo-se pequenas mudanças a um modelo (ver claymation e stop motion), fotografando o resultado. Quando os fotogramas são ligados entre si e o filme resultante é visto a uma velocidade de 16 ou mais imagens por segundo, há uma ilusão de movimento contínuo (por causa da persistência de visão). A construção de um filme torna-se assim um trabalho muito intensivo e por vezes entediante. O desenvolvimento da animação digital aumentou muito a velocidade do processo, eliminando tarefas mecânicas e repetitivas.
A produção da animação consome muito tempo e é quase sempre muito complexa. Animação limitada é uma forma de aumentar a produção e geração. Esse método foi usado de forma pioneira pela UPA e popularizada.
Tipos de animação:
· Computação gráfica é a área da computação destinada à geração de imagens em geral — em forma de representação de dados e informação, ou em forma de recriação do mundo real. Ela pode possuir uma infinidade de aplicações para diversas áreas, desde a própria informática, ao produzir interfaces gráficas para software, sistemas operacionais e sites na Internet, quanto para produzir animações e jogos.
· Clay animation, que é uma das inúmeras formas de stop motion, cada objeto é esculpido em barro ou material similar como plasticina. Usualmente, para reforçar existe uma estrutura de arame relativamente flexível.
· Stop motion (do inglês que significa movimento parado) é uma técnica de animação fotograma a fotograma (ou quadro a quadro) com recurso a uma máquina de filmar, máquina fotográfica ou por computador. Utilizam-se modelos reais em diversos materiais, dentro dos mais comuns, está a plasticina. Muitos contêm sistema de juntas mecânico, com mecanismos de articulações muito complexos. No cinema o material utilizado tem que ser mais resistente e maleável, visto que os modelos têm que durar meses, pois para cada segundo de filme são necessários aproximadamente 24 frames.
· Brickfilm é um tipo de filme de animação utilizando a técnica de stop-motion, utilizando blocos LEGO, habitualmente utilizando ”minifigs” LEGO como actores.
· Animação digital é a arte de criar imagens em movimento utilizando computadores. É um subcampo da computação gráfica e da animação. São criados cada vez mais trabalhos com o uso de gráficos de computador a 3D, mas ainda se usam bastante os gráficos de computador a 2D. Por vezes, o destino da animação é o próprio computador, mas por vezes é outro meio, como filmes dedicados para propaganda e cinema.
(não foi aprofundada uma pesquisa em relação aos diferentes e variados tipos de anição digital e 3D)
Guião
Talvez por estarmos habituados a ver a BD como uma arte para desenhadores, transcuramos o guião. O que é certo é que, com um mau guião, nunca se poderá fazer uma boa história, mesmo que o desenho seja de mestres.
Escrever um bom guião não é tão fácil como possa parecer à primeira vista nem tão difícil que não possamos aprender a escreve-lo. Se lermos as aventuras de Asterix escritas por Goscinny, ou as do Tenente Blueberry, por J. M. Charlier, entre outras, dar-nos-emos conta disso. Em primeiro não é só saber escrever, há algo bem mais importante como as sequências, acções, documentação, efeitos especiais, encadeados, ritmos, etc.
Imagine um arranha-céus construído sobre uns alicerces pouco profundos; pouco tempo após a sua construção este ruiria levando a tribunal o arquitecto e o construtor.
Na BD passa-se o mesmo ou quase: o arquitecto será neste caso o guionista; o construtor é o desenhador e os alicerces da obra são o guião, que, sendo “pouco profundo” mal construído, levaria à não publicação da história e, pior, desacreditaria as assinaturas dos seus autores para o futuro perante um público que exige ser bem servido.
Tipos de Guião
É a criação da história escrita sem os mínimos detalhes. Para esta criação teremos de nos guiar pelo nosso estilo favorito, quer seja o Bélico, o Oeste, o Policial, etc. Essa história será o produto final em bruto e que dividimos, depois de escrita, nas três partes principais, que são:
-INTRODUÇÃO.
-DESENVOLVIMENTO.
-CONCLUSÃO.
Ou seja: o princípio com a introdução do drama e das personagens; o desenvolvimento que é toda a fase central da história e que pode ir desde as primeiras vinhetas à última página e a conclusão, que é onde termina a história, ou seja, onde se resolvem os problemas ou dramas iniciados com a introdução.
- Divisão em Sequências
· Depois do guião literário pronto vamos dividi-lo em sequências.
· Que são as sequências? Poderemos defini-las como um grupo de vinhetas que sucedem todas no mesmo período de tempo ou lugar e a sua extensão pode oscilar entre uma só vinheta e uma página inteira ou mais. O tamanho das sequências, mais ou menos longas, tem a ver com a importância destas dentro da história, isto é, quanto mais vinhetas utilizamos para narrar uma sequência, mais importante, para o entendimento da história, essa sequência se torna, e vice-versa.
· Depois da divisão do guião literário em sequências, e estas num número limitado de vinhetas, poderemos prever, então, a quantidade de páginas com que contará a nossa história. Neste ponto pode dar-se o caso que o número de páginas seja superior ou inferior às páginas da revista onde a história irá ser publicada, então que há a fazer? Simples, basta cortar algumas sequências de menor importância, assim como algumas vinhetas das sequências mais longas ou ainda, juntar duas sequências numa só vinheta.
· Efectuando estes cortes - a que chamamos ELIPSE - notamos que ficam ressaltos na narração... é obvio pois deixou de existir continuidade, mas isso facilmente se resolve com textos de enlace que servem para tapar lacunas, fazendo com que a história tenha a continuidade desejada.
· Se o caso for o de faltar páginas então teremos de aumentar vinhetas a certas sequências ou até mesmo criar sequências novas.
- Personagens e Documentação
· Conhecendo a história, o drama, e a ambientação, passaremos à criação das personagens principais, tal como se disse na primeira parte das técnicas de BD e, com isto, à documentação de acordo com a época e o lugar de acção do argumento.
· Não esqueça, a documentação é muitíssimo importante, nada deve ser deixado ao acaso, uma falha nossa pode passar despercebida para algumas pessoas, mas não para todas e estas podem sentir-se defraudadas, banalizando o autor da história.
- O Story Board
· Antes da escritura do guião definitivo, o guionista repassa mais uma vez o guião literário, mas desta vez “Desenhando-o” em folhas divididas em quadrados. Não é necessário que o desenho se entenda como tal, basta um simples esboço. A esta fase chama-se Story Board e serve para seleccionar as cenas sem esquecer a continuidade; seguindo este processo poderemos apreciar melhor o que será o trabalho final do guião, assim como melhorar algumas cenas, que sem ele, poderiam passar despercebidas.
- A Vinheta
· A sequência é formada por um conjunto de acções, sendo estas divididas pelas vinhetas que compõem cada sequência. Se a sequência for composta por uma só vinheta, então, o papel desta terá de ser completo, já que é esta a finalidade da sequência. Portanto, depois da divisão do guião em sequências e baseados no Story Board, deveremos atribuir a cada sequência um número justo de vinhetas; mais vinhetas para as sequências mais importantes e menos às sequências de menor interesse, para que o leitor passe por elas rapidamente e não as entenderem por pontos-chave para o entendimento da história.
· Finalmente! O guião técnico, este é o produto final já revisto e estudado. Ele deve indicar o número de vinhetas e páginas, o texto descritivo, o narrativo e os diálogos, assim como os planos.
· O texto descritivo serve para indicar ao desenhador tudo o que deve figurar dentro da vinheta e que foi pensado pelo guionista, até mesmo os mais pequenos detalhes. Poderá então o desenhador, através dele, construir perfeitamente a acção imaginada em precedência. Os textos narrativos e os diálogos são os que acompanham o desenho para seu entendimento, é o que o leitor vai ler.
· Há que indicar ao desenhador também a emoção ou sentimento a dar a cada cena para que o desenho siga a par e passo com o guião e que, entre um e outro, não existam barreiras. A ilusão deverá ser perfeita e tanto o guião como as imagens devem fazer parte de uma única obra fortemente sólida.
· Os textos devem ser fluidos e sem palavras estranhas ou frases demasiado trabalhadas.
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